quinta-feira, 2 de maio de 2013

NÃO BASTA SABER...É PRECISO PRATICAR...




Numa manhã, quando um novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome de um aluno que estava sentado na primeira fila:
 
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.

- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Juan ficou desconcertado e atônito.
Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam assustados e indignados, porém, ninguém falou nada.

- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Os alunos estavam perplexos e assustados, porém, pouco a pouco começaram a responder a pergunta:

- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondeu o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
 
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Mais uma vez incomodados pelas atitudes grosseiras, seguíram respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
 
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado...
- Para premiar a quem faz o bem...

- Ok, não está mal, porém... respondam a esta pergunta:
agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam a uma só voz.

- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!

- E por que ninguém fez nada a respeito?
Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária
para praticá-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma
injustiça.
Todos voces, não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse olhando fixamente para outro aluno.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
 
Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade. 
E dignidade não se negocia.
 
 
 

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