quinta-feira, 8 de maio de 2014

SER TRANSPARARENTE




 Às vezes, fico me perguntando
 porque é tão difícil ser transparente...
Costumamos acreditar que ser transparente
 é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de
 chorar, de falar do que sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar 
cair as máscaras, baixar as armas, destruir muros...

Ser transparente é permitir que a doçura
 aflore, transborde...
Mas, infelizmente, a maioria decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza 
reveladora da fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas 
que brotam da alma...
Preferimos nos perder numa busca por
 respostas a simplesmente admitir que não
 sabemos nada e que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir
 uma máscara que nos distancia cada vez 
mais de quem realmente somos, preferimos assim:
 manter uma imagem que nos dê
 a sensação de proteção.

E assim, vamos nos afundando em falsas palavras, 
atitudes, em falsos sentimentos...
Com o passar dos anos, um vazio frio
 e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar 
e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar...
A doçura, a compreensão de que todos nós
 sofremos, nos sentimos sós...

Uma saudade desesperada de nós mesmos, 
daquilo que pulsa e grita dentro de nós, 
mas que não temos coragem de mostrar...
Porque aprendemos que isso é ser fraco, é ser bobo, 
é ser menos do que o outro!
Quando, na verdade, agir com o coração, poupa a dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a doçura!
Que consigamos não prender o choro, não conter
 a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo,
 não desejar parecer tão invencíveis...
Chega de tentar controlar tanto....
Responder tanto...
Competir tanto...
Tente simplesmente viver, sentir e amar.
Rosana Braga






A VIDA É UMA MONTANHA RUSSA...




"Não dá pra ser feliz o tempo todo. 
Por sinal, desconfio de felicidades instantâneas 
e constantes. Soa meio falso. 
Gente de carne e osso é alegre e triste. 
É inconstante. Porque a vida é montanha-russa.
 E eu adoro andar nela. 
Por isso vivo sempre na fila do parque".
Clarissa Corrêa
 
 
 
 
 
 

ÀS VEZERS, ME PERCO...




Sou bem mais feliz que triste,
 mas às vezes fico distante. 
E me perco em mim como se não houvesse começo
 nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. 
E me agarro no meu sentir porque, no fundo,
 só meu coração sabe. 
E esse mesmo coração que me guia e não
 quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem
 rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: 
O que eu quero mesmo?
Fernanda Mello