sábado, 2 de outubro de 2010

Salmo 23


O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente às águas tranquilas;

Refrigera a minha alma,
guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome,

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte
não temeria mal algum, porque tu estás comigo,
a tua vara e o teu cajado me consolam;

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda;

Certamente que a bondade e a misericórdia
me seguirão todos os dias de minha vida,
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Amém.

Papai

Hoje, faz um mês que o senhor se foi. O vazio deixado pelo senhor nunca será preenchido. Cada dia que passa, a saudade aumenta. Parece que ficamos meios anestesiados, não tomamos muita consciência do que aconteceu realmente. É como se o senhor partisse para uma viagem sem data marcada para voltar, mas com a certeza de que um dia voltaria. E, aos poucos, percebemos que sua ausência se torna insuportável e bate uma saudade danada, doída, com uma vontade imensa de tocá-lo, abraçá-lo, sentir sua presença real. Mas o senhor não está lá em nenhum cantinho que gostava de ficar. É, duro, pai, é triste, ver a mamãe sempre perguntando pelo senhor, confusa se perdeu foi o marido ou o pai, procurá-lo na cama e encontrar a cama vazia...procurá-lo na varanda e ver sua cadeira vazia... Dizer: -Seu pai saiu e até agora não voltou... Será que aconteceu alguma coisa? Sem entender direito o que aconteceu ou camuflando a verdade para não sofrer...
Rezamos toda a noite com ela o terço da Misericórdia que vocês sempre rezavam juntos, lembra? Ela não vai para a cama sem rezá-lo.
Descanse em paz, meu pai! Seja feliz na companhia de Deus, seus anjos e santos. Olhe por nós, se puder, principalmente, pela mamãe.