quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Viver bem

Viver bem é um desejo de todo ser humano. Na verdade trata-se de um dos maiores desejos, juntamente com o de ser reconhecido, valorizado, admirado e respeitado, ao contrário do que pensa muita gente que defende a teoria do homo economus, dizendo que os homens vivem em busca do dinheiro. Essa teoria já está ultrapassada, visto que os que buscam o dinheiro, o buscam para atenderem aqueles desejos que mensionei nas frases iniciais do texto.
Porém esse artigo pretende tratar de um assunto mais amplo: como viver bem. Para se viver bem é necessário que se tenha saúde mental e essa, temos que cultivar a todo o tempo no nosso dia-a-dia. Isso passa desde pela relevação de estímulos estressantes até o cultivo de estímulos relaxantes. Ao invés de se estressar com o trânsito, o que é bem corriqueiro, procure relaxar com o brilho do sol no topo dos prédios ou com os pingos de chuva no para-brisa. Pense no milagre que é a vida: no lugar certo (a terra), à distância certa da fonte de vida (o sol), com as substâncias certas na quantidade certa (água, oxigênio, carbono) para que num conjunto de coincidências, tenha gerado um grupo de proteínas e RNA que conseguiu interagir entre si até formar um ser vivo simples que foi evoluindo, dando origem á espécies diferentes até chegar às aves, plantas e mamíferos.
Pense dessa forma positiva nas coisas. Procure valorizar o lado bom e ao invés de esquecer o lado ruim, buscar as causas que lhe deram origem para que você possa prevenir da próxima vez. Cultive a paciência como se fosse uma prova de valor e virtude da sua pessoa em todos os momentos. Ficar nervoso(a) é fácil, qualquer um consegue. Principalmente os fracos. Ficar calmo em momentos complicados é que é difícil. E isso só os fortes conseguem. Tente ser forte e ficar calmo, calmo para si e para os outros.
Todas as pessoas têm qualidades e defeitos. Dividem-se em dois grupos inicialmente: os que sabem disso e os que não sabem. Por sua vez, o grupo dos que sabem disso se divide em mais dois grupos: o dos que sabem das suas qualidades e defeitos e o dos que não sabem (porque não se observam corretamente ou porque ninguém os ajudou a perceber). Por sua vez, o grupo das pessoas que sabem das suas qualidades e defeitos se dividem em outros dois: o dos que procuram melhorar as qualidades e corrigir os seus defeitos e o grupo dos que se acomodam iludindo-se (para não terem trabalho) de que isso faz parte de sua "personalidade". Não se iluda. O grupo das pessoas que são mais felizes é o daquelas que buscam sempre se aperfeiçoarem em todos os aspectos: éticos, profissionais, inter-pessoais, morais, sexuais, físicos e intelectuais.
O que é nosso corpo e nossa mente se não tudo o que é nós? E se nós somos corpo e mente, cuidemos dois dois com o carinho que nós mesmos merecemos. E ajudemos as pessoas que amamos também, porque amar a outras pessoas é provar que se ama e que se acredita no amor. Aí está outra dica. ame sem pré-condições ou interesses. Ame de graça e receba a graça de também ser amado de graça. É simples assim. Eu faço isso e sou muito feliz no meu dia-a-dia estressante de um estudante de vinte anos que tem inúmeras tarefas e cobranças nas cosas. Com esses princípios e muitos outros que pretendo escrever em outros textos, garanto que você será uma pessoa mais feliz. Veja a beleza das coisas. Fale eu te amo a quem você ama e peça outro de volta. Sorria para o céu e sol. Ame o mundo e ele se tornará o paraíso para você.

Bom humor e saúde

Matéria da revista Veja intitulada O bom humor e as emoções positivas fortalecem o organismo e ajudam a chegar à velhice com o ânimo da mocidade.

"Ter alegria de viver é um bom caminho para envelhecer bem. Até parece conversa de guru de auto-ajuda, mas não é. A importância do bom humor e dos sentimentos positivos está documentada cientificamente. Um dos trabalhos mais recentes a respeito do assunto foi conduzido por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Seus resultados mostram que nossas expectativas em relação à velhice determinam o modo como envelheceremos.

A pesquisa envolveu 660 homens e mulheres com mais de 50 anos. Todos haviam sido entrevistados 23 anos antes. Entre uma dezena de questões, a eles foi perguntado: "À medida que os senhores ficam mais velhos, a vida fica melhor, pior ou igual ao que imaginavam quando eram jovens?". Ao comparar os depoimentos do passado com os óbitos registrados no grupo, os pesquisadores perceberam que aquelas pessoas com uma visão mais otimista da velhice tendiam a viver, em média, sete anos e meio a mais que os pessimistas.

A conclusão é que o impacto do otimismo sobre a longevidade equivale aos benefícios de não fumar e manter o colesterol e a pressão arterial em patamares saudáveis.

Os primeiros estudos sobre a importância do bom humor para a saúde datam do fim da década de 70. Um dos marcos dessa nova frente de investigação da medicina foi o lançamento, em 1979, do livro A Anatomia de uma Doença. Nele, o editor americano Norman Cousins relata como conseguiu, graças ao prazer de viver, superar uma afecção gravíssima. Quinze anos antes, ele havia recebido o diagnóstico de que era vítima de uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral. Os médicos lhe deram poucos meses de vida. Depois de passar um tempo no hospital, já com o corpo quase todo paralisado, Cousins se deu alta, contratou uma enfermeira e se mudou para um hotel.

Todas as tardes, ele recebia visita de amigos. Eles conversavam, jogavam cartas e assistiam a comédias na televisão. Cousins percebeu que, depois de cada um desses momentos agradáveis, ele dormia melhor, comia com mais apetite e ganhava ânimo para a fisioterapia. Cousins conseguiu uma sobrevida espantosa. Morreu aos 75 anos, em 1990.

As emoções positivas inibem a produção de dois hormônios que, em excesso, são extremamente danosos à saúde – o estradiol e a adrenalina. Essas substâncias baixam as guardas das defesas do organismo, propiciando o aparecimento de infecções e dificultando o tratamento de uma série de doenças, inclusive a recuperação de infartos. Em grandes quantidades, elas também elevam a pressão arterial, facilitando a manifestação de problemas cardiovasculares. A negatividade, por sua vez, justamente por estimular a produção de estradiol e adrenalina, tem o impacto de uma bomba atômica sobre o organismo.

Os sentimentos positivos, enfim, têm um efeito multiplicador, ao facilitar o relacionamento entre as pessoas. Já está provado que uma convivência tranqüila com parentes e amigos e um casamento feliz fazem um bem danado à saúde. "A alegria dilata e aquece o organismo", diziam os médicos do século XVI. 'Já a tristeza contrai e esfria o corpo.' " (Revista Veja, 30/10/02).