terça-feira, 8 de abril de 2014

ACHEI QUE ME CONHECIA...






"E eu que achava que tinha o maior coração do mundo,
 descobri que o meu de tão pequeno, transborda. 
E eu que me julgava colecionadora de pessoas, 
hoje digo que elas me colecionam. 
Não possuo ninguém, e nem tenho o direito
 de possui-las, mas essa lei não se aplica a mim, 
todos me têm, e isso é obvio. 
Não necessito do eternamente e eu que antes 
acreditava em meu pequeno príncipe com minha alma 
hoje já duvido do: ”Tu te tornas eternamente responsável 
pelo o que cativas.” Eternamente é muito tempo, 
o eterno 
cansa, gosto do momento, do pouco
 que grava na alma e se torna muito. 
Não quero que ninguém se torne eternamente
 responsável por mim, quero que alguém lembre 
de mim por um momento só, mas que lembre com
 um sorriso no rosto. E eu que odiava mudanças, mudei. 
E eu, que até pouco tempo sabia que eu era, e era capaz 
de num instante dizer minhas melhores qualidades 
e meus piores defeitos, hoje mal cabo em mim. 
Hoje mal sei quem sou."
Bárbara Matoso






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