segunda-feira, 31 de março de 2014

LEVEI NA CABEÇA



Já levei muito na cabeça.
E já feriram muito meu coração.
Apesar disso, não me fecho,
não me oponho, não deixo de me entregar.
Acho que a gente deve ir, não ficar.
Quem não vai não sente.
Quem não vai não vive.
É por isso que, 
retalhada, remendada e costurada, sigo.
Mesmo que doa.
Clarissa Correa 
 
 
 

 

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