sábado, 2 de junho de 2012

PARE DE CARREGAR A MALA DOS OUTROS!


Você acredita que carrega malas alheias?
Vamos fazer um exercício?
Como você reage quando seu filho não quer fazer a lição?
Ou quando alguém não consegue arrumar a própria mala para a
 viagem de férias, perde a hora do trabalho com frequência,
 gasta mais do que ganha… e muitas coisinhas mais que vão fazendo
 você correr em desvario para tapar buracos que não criou e evitar problemas que não afetam sua vida diretamente?
Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas,
 então, você sai correndo e pega todas as malas que estão
 jogadas pelo caminho e as coloca no lombo (lombo aqui cai 
muito bem, fala a verdade) e a sua mala, que é a única que você tem a obrigação de carregar, fica lá, num canto qualquer da estação.
Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de carregar, fica lá jogada na estação!
Temos uma jornada e um propósito aqui neste planeta e quando perdemos o foco, passamos a executar os propósitos alheios.
A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota, 
pois o peso da carga que nós nos atribuímos não é proporcional 
à nossa capacidade, à nossa resistência e
 o esgotamento aparece de repente.
Esse é o primeiro toque que a vida nos dá, pois, 
quando o investimento não é proporcional ao retorno, ou seja,
 quando damos muito mais do que recebemos na vida, 
nos relacionamentos humanos ou profissionais,
 é porque certamente estamos carregando pesos 
desnecessários e inúteis.
Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse mais um 
objetivo a cumprir, chegou a hora de parar para rever o
 que estamos fazendo com o nosso precioso tempo.
O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à beleza da vida
 e acabamos racionalizando o que deveria ser sacralizado.
É o peso da mala que nos deixa assim empedernido.
Quanto ela pesa?
Quanto sofrimento carregamos inutilmente, mágoa,
 preocupação, controle, ansiedade, excesso de zelo,
 tudo o que exaure a nossa energia vital.
E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria
 que muitas vezes só existe dentro da nossa cabeça?
Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria
 vida que preferimos tomar conta da vida dos filhos, do marido, 
do pai, da mãe… e a nossa mala fica na estação…
O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua?
Ótimo, então é hora de começar uma grande limpeza
 para jogar fora o lixo que não interessa e caminhar mais leve.
Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas
 alheias, chegou a hora de,
 corajosamente devolvê-las aos interessados.
Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada
 por achar que a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo. 
Ao contrário, nesse momento você estará dando a ela a
 oportunidade de aprender a carregar a própria mala.
A vida assim compartilhada fica muito mais suave,
 pois os relacionamentos com bases mais justas e equânimes
 acabam se tornando mais amorosos, sem cobranças 
e a liberdade abre um grande espaço
 para a cumplicidade e o afeto.
Onde está a sua mala?
                                                        Marlene Damico Lamarco

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário