Neste momento,
meu coração está apertado,
triste, sufocado,
fui grosseira com meu pai,
impaciente, nervosa,
estúpida e voluntariosa.
Por que, meu Deus, agimos assim
e depois nos arrempendemos?
Que força é essa que nos impulsiona
a agir com estupidez tamanha,
que magoa e decepciona
muito mais a nós mesmos?
Meu velho pai, 88 anos,
já maltrado pelo tempo.
Que posso eu fazer, meu Deus,
com este impulsivo temperamento?
Perdoa, meu pai,
este ser insano,
que não respeita mais
um velho de 88 anos?
Sei que errei,
mas estou arrependida.
Perdoa esta alma aflita,
que chora escondida.
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