"Tomara que a gente não desista de ser quem é
por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro
sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam
as nossas verdades, mesmo que as mentiras
e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular
o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo,
não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que, apesar dos apesares todos,
a gente continue tendo valentia suficiente
para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz,
se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver
sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente
de tudo, eu faço força para manter algumas
esperanças acesas como velas".
Ana Jácomo
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