sexta-feira, 20 de março de 2020

ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO







"Algo invisível chegou e colocou tudo no lugar. 
De repente, os combustíveis abaixaram, a poluição 
abaixou, as pessoas passaram a ter tempo, tanto tempo
 que nem sabem o que fazer com ele.
 Os pais estão com os seus filhos em família.
O trabalho deixou de ser prioritário,
 as viagens e o lazer também. 
De repente, silenciosamente, voltamo-nos para dentro
 de nós próprios e entendemos o valor da palavra
 solidariedade.
Num instante, damos conta que estamos todos 
no mesmo barco: rico e pobre.
Que as prateleiras do supermercados estão vazias
 e os hospitais cheios.
  Que o dinheiro e os seguros de saúde que
 o dinheiro pagava não têm importância, porque
 os hospitais privados foram os primeiros a fechar,
nas garagens ou nos parqueamentos estão parados
 os carros igualmente o topo de grama ou ferro
 velhos antigos, simplesmente, porque ninguém pode sair.
Bastaram meia dúzias de dias para que o universo 
estabelecesse a igualdade social que se dizia 
ser impossível de repor.
O MEDO invadiu todos. 
Que ao menos isso sirva para darmos conta 
da vulnerabilidade do ser humano. 
Não esqueçam... 
Afinal, somos bem mais iguais do que
 muitos pensavam!
Agora, não há dinheiro, profissões, doutores
 ou varredores de lixo, casas e carros de luxo, 
roupas caras, status...
Pobres e ricos, anônimos ou famosos, bonitos 
ou feios, sem diferenciação de raças, cores, religião, 
politicas ou orientação sexual...
Bastaram meia Dúzia de Dias".
Desconheço a autoria