O Afiando a Língua é uma página para estudar,
rever regras, tirar dúvidas dessa nossa complexa,complicada e cativante
Língua Portuguesa.
A VÍRGULA E O QUE
Sempre tive muita dúvida ao colocar vírgula antes e depois do que.
Pesquisei na internet e deixo aqui para vocês.
A palavra “que” pode ser um pronome (interrogativo ou relativo), um advérbio, uma preposição, uma conjunção (coordenativa ou subordinativa) ou uma partícula de realce ou expletiva.
A sua utilização precedida ou seguida de vírgula depende não só da sua natureza morfológica como da construção frásica em causa, pelo que, para a esclarecer, o melhor talvez seja enviar-nos uma frase a respeito da qual tenha dúvidas.
Não sendo exaustiva, refiro, no entanto, que:
1. Como pronome relativo, o que é precedido de vírgula, quando inicia orações explicativas.
Ex.: Ele, que tem a mania que percebe tudo, não estava, afinal, a ver bem a situação.
2. Como conjunção explicativa ou causal, é sempre precedido de vírgula.
Ex.: Não te distraias, que podes ter um acidente.
3. Como conjunção consecutiva, também é precedido de vírgula.
Ex.: Ele falou tanto, tanto, que ficámos cansados de o ouvir.
4. Na generalidade das outras situações, não é precedido de vírgula. Chamo especialmente a atenção para o que como conjunção subordinativa integrante, que nunca deve ser precedido de vírgula, porque a oração que inicia é parte integrante da anterior.
Ex.: Queria que esclarecesses tudo.
5. Naturalmente que, na situação anterior, o que pode ter uma
vírgula a precedê-lo, se ela estiver a assinalar uma
expressão circunstancial de qualquer natureza, uma oração, etc.
Ex.: Quero, diga ele o que diga, que esclareças tudo.
Ex.: Quero, diga ele o que diga, que esclareças tudo.
6. Em qualquer das situações anteriores, pode ser colocada uma vírgula depois do que, quando se lhe segue um sintagma explicativo, circunstancial, uma oração, etc.
Ex.: Penso que, quaisquer que sejam as circunstâncias,
o deves ouvir com atenção.
7. Repare, no entanto, que, na situação anterior, como essa vírgula
indica a introdução de algo adjacente, deverá ser utilizada uma
outra vírgula a indicar o fim do sintagma introduzido e a continuação
da
oração iniciada pelo que.
O USO CORRETO DO HÍFEN
Com o novo acordo ortográfico, o uso do hífen sofreu algumas alterações, a fim de minimizar o problema
de algumas pessoas que o têm como um dos motivos para pesadelo na hora
de escrever: coloco ou não coloco o bendito tracinho? Só que fiquei mais confusa ainda.
Vamos aprender uma vez por todas.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em r ou s. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos des- e in- e o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. Nas formações com o prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento começar com o: cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Em certas palavras que com o uso adquiriram noção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc.
EMPREGA-SE O HÍFEN
1. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por h: sub-hepático, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
2. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
Para não gerar dúvidas, vejamos os casos mais comuns do uso do hífen que continua o mesmo depois do reforma ortográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.Por Sabrina Vilarinho
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, eva-do-chá, abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado, aquém-fiar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que é iniciado por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
Graduada em Letras
REGRAS ESPECIAIS
Estou fazendo a maior confusão com a acentuação dos ditongos e hiatos.
Por isso pesquisei e aí vai.
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a
pôr em evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia abertaem palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:
- éi (s):anéis, fiéis, papéis
éu (s):troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis
Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas
NÃO são acentuados.
Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia
, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc.
Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo aberto "ói").
HIATOS
Acentuam-se o "i" e
"u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles
sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s",
desde que não sejam seguidos por "-nh".
Exemplos:
sa - í - da | e - go - ís -mo | sa - ú - de |
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
ju - iz | ra - iz | ru - im | ca - ir |
Razão: -i ou -u não estão
sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por
serem hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo:
- po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em "o".
PALÍNDROMO
SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?
NÃO?!
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
E sabe o que é tautologia?
É o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso ' subir para cima ' ou o ' descer para baixo ' . Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
- elo
- acabamento
- certeza
- quantia
- nos dias 8, 9 e 10,
- juntamente
-
- em duas metades
- sintomas
- há anos
- vereador
-
- detalhes
- a razão é
- anexo
- de sua
- superávit
-
- conviver
- facto
- encarar
- multidão
- amanhecer
- criação
- retornar
- empréstimo
- surpresa
- escolha
- planear
- abertura
-
- a
-
- comparecer
- gritar
- propriedade
-
- a seu critério
- exceder
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, ' surpresa inesperada ' . Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
AUTO OU ALTO
ALTO é o contrário de BAIXO. Pode ser adjetivo ou advérbio.
Observe os exemplos:
“Ele é um homem alto.” homem baixo – adjetivo
“O som estava muito alto.” som baixo – adjetivo
“Gostei do alto-relevo.” relevo alto - adjetivo
“Desligou os altos-fornos.” adjetivo
“O diretor sempre falava alto.” falava baixo – advérbio
“Comprei quatro alto-falantes.” advérbio
2o) AUTO é um prefixo de origem grega que significa “a si próprio, a si mesmo”. Tem uma ideia reflexiva. O automóvel foi assim chamado porque “movia a si próprio” - dispensava a tração animal.
Autocontrole é ter o controle de si mesmo.
Autodidata é o que aprende sozinho, ensina para si mesmo.
Portanto, é impossível “você fazer a autobiografia do seu melhor amigo”. E é redundante “você fazer a autobiografia de si mesmo”.
Ou você faz a sua autobiografia ou você faz
a biografia do seu melhor amigo.
ACENTO OU ASSENTO?
Veja só a confusão que ocorreu outro dia num texto sobre automóveis:
“De acordo com o médico, veículos modernos são projetados para evitar dores no corpo do condutor. Os modelos mais sofisticados trazem acentos com abas laterais (sustentam o corpo e protegem a região lombar), volante com ajuste de altura e profundidade e fácil acesso aos pedais.”
Assento serve para sentar-se (veja a semelhança gráfica entre as palavras, que são da mesma família). O verbo “assentar” também pertence ao grupo de cognatos. Aliás, esse verbo tem dois particípios (assentado e assente). Foi a segunda forma que a angolana vencedora do concurso Miss Universo 2012 usou em sua declaração: “”De certa forma, a minha vida acaba de mudar. Vou precisar de Deus e de ter os pés bem assentes na Terra”.
Assento, com “ss”, é o banco do carro, é a poltrona do cinema, é a cadeira do brinquedo no Hopi Hari, é um lugar (o Brasil pleiteia um assento na ONU) e até mesmo… as nádegas!
Acento, com “c”, é a sílaba forte de uma palavra, o sinal gráfico que a demarca ou mesmo o sotaque.
Como vemos, “acento” e “assento” são coisas bem diferentes!…
Os dois termos são de uso corrente em nossa língua.
Porém, não devemos usá-los de maneira aleatória.
O verbo [imprimir] apresenta mais de uma forma
para a flexão do particípio (verbos abundantes).
Com o significado de [publicar], de [impressão gráfica],
ele possui duas formas de particípio: a regular e a irregular.
Portanto:
1. Impresso (pertence à forma irregular) –
use com os verbos [ser e estar]:
●Já foi impresso o edital de convocação.
●Os convites já estão impressos.
●Os cartazes ainda não foram impressos.
2. Imprimido (pertence à forma regular) – use com os verbos
[ter e haver]:
●Esta gráfica tem imprimido muitos jornais.
●A gráfica não havia imprimido as notas.
●Os alunos tinham imprimido o jornal sem nenhuma ajuda.
Observação: As formas regulares estão caindo em desuso, em virtude da preferência pela forma mais curta: impresso em vez de imprimido. Muitos estudiosos já aceitam as formas irregulares até com os verbos [ter e haver].
3. O Verbo Imprimir, no sentido de [produzir movimento],não é abundante, isto é, só tem o particípio em [–ido]. Portanto, pode ser usado com qualquer auxiliar:
●O motorista havia imprimido grande velocidade ao veículo.
●Foi imprimida grande velocidade ao veículo.
●A gráfica tem imprimido pouca velocidade à impressão.
●Tenho imprimido alta velocidade a meu carro.
Pense bem, antes de dizer essas frases...
As frases erradas tantas vezes repetidas com as
quais a gente já se acostumou...
a) Planos ou projetos para o futuro. Você conhece alguém que faz
planos para o passado? Só se for o Michael J. Fox no filme "
De volta para o Futuro“.
b) Criar novos empregos. Ora, bolas, alguém consegue criar algo velho?
c) Habitat natural. Todo habitat é natural; consulte um dicionário.
d) Prefeitura Municipal. No Brasil só existem prefeituras nos municípios.
e) Conviver junto. É possível conviver separadamente?
f) Sua autobiografia. Se é autobiografia, já é sua.
g) Sorriso nos lábios. Já viu sorriso no umbigo?
h) Goteira no teto. No chão é impossível!
i) Viúva do falecido. Até prova em contrário, não pode haver viúva
se não houver um falecido.
j) General do Exército. Só existem generais no Exército.
k) Brigadeiro da Aero- náutica. Só existem brigadeiros na Aeronáutica.
l) Almirante da Marinha. Só existem almirantes na Marinha.
m) Manter o mesmo time. Pode-se manter outro time?!
n) Labaredas de fogo. De que mais as labaredas poderiam ser?
De água?
o) Pequenos detalhes. Existem grandes detalhes? p) Erário público.
O dicionário ensina que erário é o tesouro público, por isso, erário
só basta!
q) Despesas com gastos. Despesas e gastos são sinônimos!
r) Encarar de frente. Você conhece alguém que encara de costas ou
de lado?
s) Monopólio exclusivo. Ora, pílulas, se é monopólio, já é total
ou exclusivo...
t) Ganhar grátis. Alguém ganha pagando?
u) Países do mundo. E de onde mais podem ser os países?
v) Exultar de alegria. Você consegue exultar de tristeza?
SOBRE A VÍRGULA
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
Por certo, o uso da vírgula integra uma das muitas dúvidas
relacionadas aos pressupostos preconizados pela gramática,
dadas as muitas regras e suas possíveis exceções. Em face
dessa realidade, veja:
Trata-se de dois enunciados linguísticos constituídos por duas
orações subordinadas adverbiais: uma temporal e uma conformativa.
Dessa forma, constatamos que o uso da vírgula se encontra
devidamente atribuído, em virtude da inversão de termos,
ou seja, a oração principal aparece depois da segunda (subordinada).
Nosso objetivo aqui é ressaltar acerca do uso da vírgula em se tratando
de casos relacionados ao objeto direto. Vejamo-los:
Aos participantes, foram entregues alguns prêmios.
Constatamos que se trata de dois complementos: um objeto direto
(alguns prêmios) e um objeto indireto (aos participantes).
Cabe ressaltar que mesmo em se tratando do deslocamento de termos,
o uso da vírgula nesse caso não se encontra adequado. Portanto,
cabe uma retificação a tal enunciado:
Aos participantes foram entregues alguns prêmios.
Contudo, existem exceções. A vírgula pode estar presente em
casos referentes a objetos pleonásticos, como em:
A mim, não me cabe interferir.
Vânia Maria do Nascimento Duarte
DICAS PARA ESCREVER CORRETAMENTE | ||||
Fonemas são sons
Letras são representações dos sons
A ESCRITA
1º não é fonética, ou seja, nós não escrevemos como falamos;
2º ela é etimológica, ou seja, as palavras são escritas de acordo com
2º ela é etimológica, ou seja, as palavras são escritas de acordo com
a sua origem (latina, grega, tupi, árabe etc.), e também conforme
as transformações que elas passaram durante os séculos. Assim,
mesmo que o som das palavras nos induza a outra escrita, temos
que grafar, ou seja, escrever as palavras conforme sua etimologia.
Por exemplo, nós falamos "emprezas", mas escrevemos
Por exemplo, nós falamos "emprezas", mas escrevemos
"empresas", falamos "servissos", mas escrevemos "serviços".
Existam várias letras que emitem sons iguais. O som /s/ com som
de "cê" é o que gera mais problemas com relação à representação
gráfica. O fonema /S/ pode ser usado como as letras:
S - ex: misto > posto
SS - ex: cessão > opressão
C - ex: célula > acionar
Ç - ex: extinção > adoção
SC - ex: nascer > obsceno
XC - ex: exceção > exceto
X - ex: texto > expor
S - ex: misto > posto
SS - ex: cessão > opressão
C - ex: célula > acionar
Ç - ex: extinção > adoção
SC - ex: nascer > obsceno
XC - ex: exceção > exceto
X - ex: texto > expor
Segue dicas para a grafia correta das palavras.
Usos da letra “S”
1) todas as formas do verbo por e do verbo querer são sempre
grafadas com a letra “s”, mesmo que o som seja com "z", por exemplo:
Verbo por
|
Verbo querer
|
ele pôs / eu pus / pusemos / se ele puser
|
ele quis / eles quiseram / quando eles quiser
|
2) os verbos derivados de substantivos cujo radical já possui a letra "s”
análise > analisar / paralisia > paralisar / aviso > avisar / piso > pisar
análise > analisar / paralisia > paralisar / aviso > avisar / piso > pisar
3) sufixos:
a) dos adjetivos indicativos de procedência – ense: Paraná + ense > paranaense teima + oso > teimoso prazer + oso > prazeroso c) dos adjetivos pátrios e com idéia de participação - es e esa: burgo >burguês > burguesa campo>camponês > camponesa d) na formação do feminino de vários substantivos – esa: príncipe > princesa barão > baronesa duque > duquesa e) sufixo isa: sacerdote > sacerdotisa poeta > poetisa f) sufixos de origem grega como ase, ese ise, ose: catequese / ênclise / osmose / metamorfose |
4) no final de sílabas iniciais ou interiores de algumas palavras
(quando não for precedido da vogal "e"):
misto / mistura / justaposição
misto / mistura / justaposição
5) em substantivos derivados de verbos com terminação em ter / dir/ der:
prender > pre + esa > presa
defender > defe+ esa > defesa
pretender > preten + são > pretensão
compreender > compreen+são > compreensão
distender > disten+ são > distensão
estender > exten+são > extensão
ascender > ascen+são > ascensão
inverter > inver+são > inversão
expandir > expan+são > expansão
prender > pre + esa > presa
defender > defe+ esa > defesa
pretender > preten + são > pretensão
compreender > compreen+são > compreensão
distender > disten+ são > distensão
estender > exten+são > extensão
ascender > ascen+são > ascensão
inverter > inver+são > inversão
expandir > expan+são > expansão
6) em substantivos derivados de verbos com terminação em gir
emergir > emer+ são > emersão
espargir > espar+so (adjetivo) > esparso
submergir > submer+so (adjetivo) > submerso
convergir > conver+são > conversão
emergir > emer+ são > emersão
espargir > espar+so (adjetivo) > esparso
submergir > submer+so (adjetivo) > submerso
convergir > conver+são > conversão
7) em substantivos derivados de verbos que se formaram pelo conjunto das letras pel:
impelir > impulso > impulsão
expelir > expulso > expulsão
repelir > repulso > repulsão
pulso > pulsão
impelir > impulso > impulsão
expelir > expulso > expulsão
repelir > repulso > repulsão
pulso > pulsão
8) em substantivos derivados de verbos com cor (transforma-se em cur):
correr > curso > cursivo
incorrer > incursão > excursão
correr > curso > cursivo
incorrer > incursão > excursão
9) os substantivos derivados de verbo com sent (transforma-se em sens):
sentir > senso > sensível
consentir > consenso
sentir > senso > sensível
consentir > consenso
Usos da letra do dígrafo "ss"
(dígrafo são duas letras com um único som)
1) nos verbos com terminação em ter / tir / dir/ der / mir:
aceder > acessível
admitir > admissível
agredir > agressão
ceder > cessão
aceder > acessível
admitir > admissível
agredir > agressão
ceder > cessão
2) quando o prefixo termina em vogal + verbo que começa em "s":
re+surgir > ressurgir
pre+sentir > pressentir
a+sossegar > assossegar
re+surgir > ressurgir
pre+sentir > pressentir
a+sossegar > assossegar
3) com o sufixo íssimo (superlativo):
caro + íssimo > caríssimo
digno + íssimo > digníssimo
excelente + íssimo > excelentíssimo
caro + íssimo > caríssimo
digno + íssimo > digníssimo
excelente + íssimo > excelentíssimo
SOBRE A VÍRGULA
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

REGÊNCIA VERBAL: Agradar/desagradar
"Agradar" e "Desagradar" são transitivos indiretos (com preposição a) nos sentidos de satisfazer, contentar:
- As novas roupas agradaram/desagradaram aos clientes.
- A reportagem agradou/desagradou à maioria dos leitores.
- Agradar o afilhado.
- Gostava muito de agradar os seus cachorros.
REGÊNCIA VERBAL: Verbo admirar
No sentido de apreciar, ter apreço ou admiração, ver com espanto ou assombro, o verbo "Admirar" é Transitivo Direto:
- Os visitantes admiravam as obras de arte.
- Extasiado, o jovem admirava a paisagem.
- Eu admiro a sua sinceridade.
- O pai admirava a determinação do filho.
- Admirava a destruição como se fosse um filme passando à sua frente.
- Considerando seu egoísmo habitual, essa atitude de generosidade admira muito.
- Não admira que isso aconteça até hoje.
Transitivo Direto:
- Seu discurso admirou os ouvintes.
- A habilidade das meninas com os patins admirou as pessoas que passeavam pelo calçadão da praia.
- O turista admirou-se quando viu a grandiosidade das pirâmides.
- A menina admirou-se no espelho por alguns instantes.
- Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.
- O professor admirou-se do desinteresse dos alunos.
EXPLICAÇÃO DE ALGUNS TERMOS OU EXPRESSÕES USADOS NA LÍNGUA PORTUGUESA
NAS COXASAs primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físicos, as telhas ficavam desiguais. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVANa Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinado. No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANANa época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIODuas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico caminhou direto para uma delas... Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

A VER NAVIOSDom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum que pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINASOs portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULAAntigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho.A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.

SEM EIRA NEM BEIRAOs telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura.
Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.
A Língua Portuguesa agradece e nossos ouvidos também!
Falando corretamente- Vamos aprimorar nossa língua

NUNCA DIGA:
- Menas (sempre menos)
- Iorgute (iogurte)
- Mortandela (mortadela)
- Mendingo (mendigo)
- Trabisseiro (travesseiro) – essa é de doer, hein!
- Cardaço (cadarço)
- Asterístico (asterisco)
- Meia cansada (meio cansada)
- Entertido (entretido, do verbo entreter e do substantivo entretenimento)
- Trezentas gramas (a grama pode ser de um pasto). Se você quer falar de peso, então é O grama: trezentOs gramas;
- Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade).
- Beneficiente (beneficente);
- O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha;
- Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está “suando” (com u) e não “soando”, pois quem “soa” é sino!
- A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar;
- O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos;
- Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA;
- “FAZ dois anos que não o vejo” e não “FAZEM dois anos”;
- “HAVIA muitas pessoas no local” e não “HAVIAM”;
- “PODE HAVER problemas” e não “PODEM HAVER….” (os verbos fazer e haver são impessoais!!);
- PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA (deixe isso para o Zé Dirceu);
- A PARTIR e não À PARTIR;
- O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
- POR ISSO e não PORISSO (muito comum nas páginas de recado do orkut, junto com o AGENTE pode marcar algo… Se é um agente, ele pode ser secreto, aduaneiro, de viagens…) A GENTE = NÓS;
- O certo é CUSPIR e não GOSPIR;
- HALL é RÓL não RAU, nem AU;
- Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer… (mim não conjuga verbo, apenas “eu, tu, eles, nós, vós, eles”);
- Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com “uma dó”; a palavra dó no feminino é só a nota musical (dó, ré, mi, etc etc.);
- CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory – memória apenas para leitura.
- Menas (sempre menos)
- Iorgute (iogurte)
- Mortandela (mortadela)
- Mendingo (mendigo)
- Trabisseiro (travesseiro) – essa é de doer, hein!
- Cardaço (cadarço)
- Asterístico (asterisco)
- Meia cansada (meio cansada)
- Entertido (entretido, do verbo entreter e do substantivo entretenimento)
- Trezentas gramas (a grama pode ser de um pasto). Se você quer falar de peso, então é O grama: trezentOs gramas;
- Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade).
- Beneficiente (beneficente);
- O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha;
- Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está “suando” (com u) e não “soando”, pois quem “soa” é sino!
- A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar;
- O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos;
- Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA;
- “FAZ dois anos que não o vejo” e não “FAZEM dois anos”;
- “HAVIA muitas pessoas no local” e não “HAVIAM”;
- “PODE HAVER problemas” e não “PODEM HAVER….” (os verbos fazer e haver são impessoais!!);
- PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA (deixe isso para o Zé Dirceu);
- A PARTIR e não À PARTIR;
- O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
- POR ISSO e não PORISSO (muito comum nas páginas de recado do orkut, junto com o AGENTE pode marcar algo… Se é um agente, ele pode ser secreto, aduaneiro, de viagens…) A GENTE = NÓS;
- O certo é CUSPIR e não GOSPIR;
- HALL é RÓL não RAU, nem AU;
- Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer… (mim não conjuga verbo, apenas “eu, tu, eles, nós, vós, eles”);
- Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com “uma dó”; a palavra dó no feminino é só a nota musical (dó, ré, mi, etc etc.);
- CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory – memória apenas para leitura.

E agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING:
Não é
- “eu vou ESTAR mandando”
- “vou ESTAR passando”
- “vou ESTAR verificando”
E sim
- eu vou MANDAR
- vou PASSAR
- vou VERIFICAR
(muito mais simples, mais elegante e CORRETO
- “eu vou ESTAR mandando”
- “vou ESTAR passando”
- “vou ESTAR verificando”
E sim
- eu vou MANDAR
- vou PASSAR
- vou VERIFICAR
(muito mais simples, mais elegante e CORRETO
Da mesma forma é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO?
Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?
Ao telefone não use: Quem gostaria? (É de matar…);
Por último, e talvez a pior de todas:
Por favor, arranquem os malditos SEJE e ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem!!)
EMPREGO DE MAU E MAL
Mau
É um adjetivo; contrário de bom.
Exemplos: - Adriano é um mau aluno.
- Hoje estou de mau humor.
- Hoje acordei passando mau.
Mal
É um advérbio de modo, usado como contrário de bem, também usado como substantivo, com sentido de doença, tristeza, desgraça, tragédia, e conjunção temporal, com o sentido de quando.
É um adjetivo; contrário de bom.
Exemplos: - Adriano é um mau aluno.
- Hoje estou de mau humor.
- Hoje acordei passando mau.
Mal
É um advérbio de modo, usado como contrário de bem, também usado como substantivo, com sentido de doença, tristeza, desgraça, tragédia, e conjunção temporal, com o sentido de quando.
Exemplos:
- Ela compreendeu mal a situação. (adv) - Ela dirige muito mal. (adv.) - Ele está passando mal. (subst.) - Não deseje mal a ninguém. (subst.) - Mal cheguei à escola e já encontrei com ele. (conj.) - Mal entrei na minha sala e o telefone tocou. (conj.)
- Ela compreendeu mal a situação. (adv) - Ela dirige muito mal. (adv.) - Ele está passando mal. (subst.) - Não deseje mal a ninguém. (subst.) - Mal cheguei à escola e já encontrei com ele. (conj.) - Mal entrei na minha sala e o telefone tocou. (conj.)
A crase é a junção do artigo
Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.
Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:
• Aonde (preposição a + advérbio onde)
• Ao (preposição a + artigo o)
• Ao (preposição a + artigo o)
Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção.
Veja:
• da ( preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)
Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
Quero uma pizza à moda italiana.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas,
antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Graduada em Letras
Uso dos porquês
Por mais que se saiba usá-los uma revisão sempre é bom:
Por que
Em frases interrogativas.
Em frases interrogativas.
Ex.: Por que você me deixou esperando todo esse tempo?
Por que você não se habitua a ler jornais?
Em frases afirmativas, desde que no seu emprego esteja subtendida a idéia de motivo, causa, razão, pelo qual, para que.
Ex.: Não sei por que esse aluno é tão rebelde!
O deputado explicou por que precisa de mais tempo para apresentar seu relatório.
Era o apelido por que (pelo qual) era conhecido.
O assessor estava ansioso por que começasse a votação.
Ex.: Não sei por que esse aluno é tão rebelde!
O deputado explicou por que precisa de mais tempo para apresentar seu relatório.
Era o apelido por que (pelo qual) era conhecido.
O assessor estava ansioso por que começasse a votação.
Porque
Quando a pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta.
Ex.: Você não veio votar porque é contrário ao projeto?
Essa medida provisória merece prosseguimento na tramitação porque é urgente?
Quando uma locução introduz uma explicação, um motivo.
Ex.: O deputado disse que votou contra o projeto porque o considerou lesivo aos interesses do país.
Ex.: O deputado disse que votou contra o projeto porque o considerou lesivo aos interesses do país.
Por quê
Quando colocado no final da frase ou antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.
Ninguém lhe dava atenção. Por quê?
Porquê
Quando não apenas o sentido, mas é usado em lugar de um desses substantivos (ou seja, é substantivada): motivo, causa, pergunta, e forma, com a preposição por, uma só palavra.
Ex.: Não entendo o porquê da sua revolta.
A mãe deixou de fazer o almoço e não explicou o porquê.
Há muitos porquês para a queda do edifício.
Fonte: Manual de Redação da Câmara dos Deputados.
"Mas" ou "Mais"?
1 - "Mas" é uma conjunção adversativa e equivale a "porém", "contudo", "entretanto", "no entanto". Por exemplo: Fez muita força para abrir a porta, mas não conseguiu.
2 - " Mais" pode atuar como pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se geralmente a "menos". Por exemplo: Ela fez mais trabalhos durante o ano.
A Alemanha é um dos países mais ricos do mundo.
2 - " Mais" pode atuar como pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se geralmente a "menos". Por exemplo: Ela fez mais trabalhos durante o ano.
A Alemanha é um dos países mais ricos do mundo.
Qual é a diferença entre "através de" e "por meio de" e quando usá-los?
A diferença entre as duas expressões é, originalmente, bem clara: a locução "através de" possui significado ligado a movimento físico, indicando a ideia de atravessar. Assim, temos a seguinte frase: "O namorado passou uma flor através da janela". Nesse caso, o emprego da expressão é adequado.
Já "por meio de" se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. Um exemplo correto desse uso é: "Eu enviei o pacote por meio do correio".
O que ocorre é que, num processo metafórico, as duas expressões acabaram se confundindo. Os elementos linguísticos que denotam movimento físico foram sendo progressivamente empregados para referências ao movimento não físico e, em seguida, para outras referências.
Assim, a expressão "através de" passou a ser empregada em um leque maior de situações, como em: "Eu conheci meu namorado através da internet", em vez de "eu conheci meu namorado por meio da internet".
No entanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola.
Já "por meio de" se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. Um exemplo correto desse uso é: "Eu enviei o pacote por meio do correio".
O que ocorre é que, num processo metafórico, as duas expressões acabaram se confundindo. Os elementos linguísticos que denotam movimento físico foram sendo progressivamente empregados para referências ao movimento não físico e, em seguida, para outras referências.
Assim, a expressão "através de" passou a ser empregada em um leque maior de situações, como em: "Eu conheci meu namorado através da internet", em vez de "eu conheci meu namorado por meio da internet".
No entanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola.
COMO SE ESCREVE?
"Acender" é por fogo em algo; "ascender" é subir.
"Caça" é o ato de caçar; "cassa" é um tipo de tecido.
"Cela" é um quarto pequeno; "sela" é um arreio para cavalos, mulas etc.
"Cerrar" é fechar alguma coisa - sua boca, por exemplo. "Serrar" é cortar algo com uma serra - por exemplo, a mesa de jantar...
"Comprimento" é uma medida; "cumprimento" é uma saudação:
- "Qual o comprimento desta salsicha?"
- "Quero cumprimentar o açougueiro!"
"Concerto" é um show de música; "conserto" é o que se faz em algo que quebrou.
- "O maestro quebrou o violino na cabeça do pianista durante o concerto - o violino vai precisar de conserto."
"Coser" é costurar uma meia furada; "cozer" é cozinhar uma salsicha para o lanche.
"Despensa" é onde você armazena os biscoitos; "dispensa" é uma licença do trabalho.
"Emergir" é subir à tona, como um submarino; "imergir" é ir para o fundo - também como um submarino!
"Trás" é "atrás de": "A leoa pegou a zebra por trás".
"Traz" vem do verbo "trazer": "No almoço, ela traz carne fresca para as crianças".
E tem mais! As palavras que são iguais no jeito de pronunciar, mas são diferentes na forma de escrever, como as dos exemplos acima, chamam-se "Homófonos heterográficos" (se estava procurando um nome para a sua tartaruga, já achou!).
Maltratando a Língua
Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.
Alfabetização.
Tapioca. Feita na hora. Quem não pediu, peça. Quebra-queixo.
Self-service (inglês).
Até as 22h ou até às 22h?
"O resultado das eleições será conhecido até as 22h".
A maioria dos estudantes, ao escrever uma frase parecida com a apresentada no título, ficaria em dúvida, quando a colocar ou não o acento grave indicador de crase em "as 22h". Acredito que colocariam o acento. E você, colocaria o acento grave ou não?
Vamos à explicação: o vocábulo crase provém do grego krâsis, cujo significado é ação de misturar, mistura de elementos que se combinam num todo. Para nós, lusófonos, é a contração da preposição a com os artigos definidos a, as ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo:
A maioria dos estudantes, ao escrever uma frase parecida com a apresentada no título, ficaria em dúvida, quando a colocar ou não o acento grave indicador de crase em "as 22h". Acredito que colocariam o acento. E você, colocaria o acento grave ou não?
Vamos à explicação: o vocábulo crase provém do grego krâsis, cujo significado é ação de misturar, mistura de elementos que se combinam num todo. Para nós, lusófonos, é a contração da preposição a com os artigos definidos a, as ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo:
- a + a = à
- a + as = às
- a + aquele = àquele
- a + aqueles = àqueles
- a + aquela = àquela
- a + aquelas = àquelas
- a + aquilo = àquilo
Vejamos alguns exemplos:
1. "Nunca obedeci àquele homem, pois não o respeito" (quem obedece, obedece a alguém);
2. "Assisti à peça teatral escrita por Mário Bortoloto" (quem assiste, no sentido de ver, assiste a algo);
3. "Não aspiro àquela vaga, mas à que foi ocupada por Oriolando" (quem aspira, no sentido de desejar muito, aspira a algo);
4. "Cheguei ao cinema às 19h50" (chegar, ao indicar hora exata, exige a preposição a).
Ocorre, porém, que, em muitas situações, outra preposição é usada, e não o a. Quando isso ocorrer, não haverá o acento indicador de crase, em virtude da falta da preposição a. Vejamos alguns exemplos:
1. "Cheguei após as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição após;
2. "Estou aqui desde as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição desde.
Há, porém, uma preposição que admite a preposição a ao seu lado: é a preposição até. Vejamos alguns exemplos:
1. "Ontem, fomos até o parque caminhar" (ou até ao parque);
2. "Dormi até o meio-dia" (ou até ao meio-dia).
Tal combinação não é obrigatória; é, aliás, desnecessária. A combinação de até com a acontece com o objetivo de evitar ambigüidade, ou seja, evitar duplo sentido na frase, pois o vocábulo até, além de ser preposição, também pode ser advérbio com o sentido de inclusive. Às vezes, não há como saber qual dos dois foi usado.
Veja o seguinte exemplo:
"A enchente inundou o bairro todo, até a igreja"
Não dá para saber o sentido exato da frase. Há duas situações:
- A enchente inundou o bairro todo, mas não a igreja: chegou até ela e parou;
- A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja.
Se a primeira opção for a verdadeira, até é preposição; se for a segunda, advérbio. Caso a verdadeira seja a primeira opção, recomenda-se o uso da preposição a em combinação com até, evitando, assim, o duplo sentido: "A enchente inundou o bairro todo, até à igreja".
Caso a verdadeira seja a segunda opção, recomenda-se o uso de inclusive: "A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja".
A frase apresentada no início do texto não apresenta ambigüidade. Pode-se, portanto, usar o acento indicador de crase, mas não há necessidade dele.
FONTE: INTERNET