"O menino fantasiado de realidade
vende balinha no farol.
A ALEGORIA passa, mas não dá a mínima
para o garoto que canta o ENREDO da miséria.
A COMISSÃO DE FRENTE, formada pelos irmãos
mais velhos, entoa o SAMBA da sobrevivência.
A batucada no vidro dos carros incomoda
os fantasiados de arrogância.
A HARMONIA é quebrada com a chegada da polícia
que ganha DESTAQUE no quesito pancadaria.
Bate tanto no pequerrucho franzino
que a camisa branca fica vermelha,
brilhando luzes de sangue, um prato cheio
para agradar os espectadores do carnaval do horror.
O CONJUNTO se parte e o pequeno esquecido,
continua tirando zero na EVOLUÇÃO educacional
e social, enquanto, aguarda o fim do carnaval,
para ser mais bem visto pelos integrantes da ESCOLA
DE SAMBA do Partido Eleitoral".
Luciano Campello
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