quarta-feira, 31 de julho de 2013

A PAZ INTERIOR


                                                                                                                                                

A paz interior é esse caminho que queremos todos atravessar.
 É essa senda onde as culpas ficaram para trás,
o sentimento de dever cumprido fica presente e o arco-íris aponta
 para o infinito. Buscamos todos, com vontade, força, verdadeira luta.
Somos, talvez, um pouco desajeitados nessa nossa busca.
 Queremos sim, com a força do nosso coração e da nossa alma,
 mas tropeçamos sempre nesses sentimentos humanos
 que nos fazem, se não iguais a todo mundo, bem parecidos.
Acumulamos os restos do dia, nos esquecemos de varrer a casa
 da alma a cada noite para o repouso tranqüilo e reparador,
 para o novo recomeço na manhã seguinte.
Temos dificuldade em perdoar, esquecer,
passar por cima e ir em frente. E a alma se inquieta,
 a paz tarda a chegar porque colocamos,
nós mesmos, impedimentos.
Achamos que dar o braço a torcer e seguir em frente,
 seria nos curvar e somos por demais orgulhosos para isso.
Optamos, então, por buscar a paz de outras maneiras.
Outras maneiras... como se existissem...
Não haverá paz no mundo enquanto ela não começar
no coração do homem. Enquanto esse mesmo homem não começar a tirar de si as pedrinhas que incomodam a si e aos outros
 e não pensar na felicidade alheia como um objetivo tão
importante como a felicidade própria.
Não haverá paz interior enquanto o exterior estiver em guerra, enquanto não compreendermos que somos o sal da terra
 e que se nossa luz não brilhar todos os caminhos serão escuros.
A paz interior não está no alto ou em baixo, nos mares ou nas montanhas e nem mesmo nas maravilhosas flores
  que tanto nos fascinam.
A paz interior começa onde começa nossa compreensão
 de que nada somos se de nós não damos. Se não a encontramos,
 é porque buscamos errado. Ela não começa do lado de fora,
ela começa e se termina em nós.
Letícia Thompson


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