"Só tu, Senhor, só tu no meu deserto,
escutas minha voz que te suplica...
Só tu, nutres minha alma de esperança...
Só tu, oh meu Senhor, em mim derramas,
torrentes de harmonia, que me abrasam.
Qual órgão, que ressoa mavioso,
quando segura mão lhe oprime as teclas.
Assim, minha alma quando a ti se achega,
hinos de ardente amor disfere grata.
E, quando mais serena, ainda conserva
eflúvios deste canto, que me guia,
no caminho da vida áspero e duro.
Assim por muito tempo reboando
Vão no recinto do sagrado templo,
sons, que o órgão soltou, que o ouvido escuta".
Gonçalves Dias
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