Meu doido coração, aonde vais,
no teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade.
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho!
no teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade.
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho!
Não amais a doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Tuas lindas quimeras irreais,
não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração!
Não te deslumbres ao brilho do luar!...
Não estendas tuas asas para longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração!
Não te deslumbres ao brilho do luar!...
Não estendas tuas asas para longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
na paz da tua cela, a soluçar...
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Após minhas férias, volto saudoso.
ResponderExcluirSão sempre lindos as poesias de Florbela Espanca.
Beijos, Élys.
Oi querida Vera, só Deus pode curar nosso coração ferido!
ResponderExcluirTenha uma ótima semana, beijos!!