Hoje, faz um mês que o senhor se foi. O vazio deixado pelo senhor nunca será preenchido. Cada dia que passa, a saudade aumenta. Parece que ficamos meios anestesiados, não tomamos muita consciência do que aconteceu realmente. É como se o senhor partisse para uma viagem sem data marcada para voltar, mas com a certeza de que um dia voltaria. E, aos poucos, percebemos que sua ausência se torna insuportável e bate uma saudade danada, doída, com uma vontade imensa de tocá-lo, abraçá-lo, sentir sua presença real. Mas o senhor não está lá em nenhum cantinho que gostava de ficar. É, duro, pai, é triste, ver a mamãe sempre perguntando pelo senhor, confusa se perdeu foi o marido ou o pai, procurá-lo na cama e encontrar a cama vazia...procurá-lo na varanda e ver sua cadeira vazia... Dizer: -Seu pai saiu e até agora não voltou... Será que aconteceu alguma coisa? Sem entender direito o que aconteceu ou camuflando a verdade para não sofrer...
Rezamos toda a noite com ela o terço da Misericórdia que vocês sempre rezavam juntos, lembra? Ela não vai para a cama sem rezá-lo.
Descanse em paz, meu pai! Seja feliz na companhia de Deus, seus anjos e santos. Olhe por nós, se puder, principalmente, pela mamãe.
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